terça-feira, 22 de maio de 2007

Vendas Novas, 20 de Maio de 2007


Domingo, 20 de Maio de 2007 – XIV Corrida Cidade de Vendas Novas
O Pastor e a Chaminé


Nós gostamos tanto de comer como de correr. Sendo a cozinha alentejana especial, este dia foi de desilusão nas comezainas mas não tanto nos resultados desportivos. Estes aliás podem ser considerados bons, se pensarmos nas condições que temos na nossa terra e se as comparamos com as que existem em cidades como Vendas Novas ou Mafra. Só para citar dois exemplos, onde a chegada se faz no tartã do Estádio Municipal. E se pensarmos que a nossa forma está atrasada seis semanas.

Vendas Novas está apostada em ter o maior evento de atletismo do Alentejo. E conseguiu-o com a corrida principal a ter muita qualidade, mas também com as corridas para os mais jovens. O tempo também ajudou com a temperatura a rondar os 20º centrígados e o sol a ficar escondido. Um percurso agradável e quase todo plano, permite uma regularidade de andamento, que não é muito comum. Pena que no final, além do saco, das bebidas e da t-shirt, não houvesse uma medalha. Uma recordação que fica para sempre.

Reza a História que Vendas Novas foi escolhida para estalagem da Corte e, mais tarde, para cenário de Palácio Real, sendo a escala ideal, a caminho do sul, de reis e rainhas. Com a Corte, vieram as bem abastecidas vendas e as belas igrejas. Formou-se a povoação, que das novas vendas, instaladas para satisfazer tão ilustre freguesia, acabou por herdar o nome. Já a Lenda, de há dois dias, reza de forma diferente e resume-se a meia dúzia de linhas. O pastor e o amigo queriam entrar em casa mas tinham perdido a chave. Como bons alentejanos resolveram descer pela chaminé, com a ajuda do cajado. Já dentro de casa o pastor reparou que o amigo tinha o rosto preto de fuligem. No entanto, o seu estava limpo. Sem dizer uma palavra, o pastor foi lavar a cara, enquanto que o outro continuou com a cara preta.

O nosso chefe de fila voltou e ganhou uma televisão, embora por sorteio. Júlio Marques foi 58º da geral, com o tempo de 34 minutos e 37 segundos, sendo ainda o 32º Sénior. Leandro Ribeiro registou a 120ª posição na meta, com o tempo oficial de 37 minutos e 7 segundos, mais um recorde pessoal para a distância e foi o 52º Sénior. Bateu ainda de forma extraordinária o recorde dos 8 quilómetros. Francisco Santos foi 234º e 35º Veterano II, com a marca de 39 minutos e 59 segundos.

João Correia foi 248º e 19º Júnior, batendo o seu recorde na distância e estando cada vez mais perto de descer a barreira dos 40 minutos, com o tempo de 40 minutos e 15 segundos. Jorge Bandeira fez a mesma marca, chegando um lugar depois, sendo 36º Veterano I e Carlos Adão chegou ao fim da sua prova com 41 minutos e 59 segundos. Mais uma vez a meio do pelotão ficaram os outros dois elementos da equipa, com Romão Guincho a demorar 47 minutos e 17 segundos e Raúl Correia 48 minutos e 8 segundos. O vencedor da XIV Corrida Cidade de Vendas Novas foi Luís Feiteira do GDR Conforlimpa com o tempo de 29 minutos e 35 segundos. No sector feminino venceu Sandra Pinto do CS Maritimo, com a marca de 35 minutos e 53 segundos.

A equipa mostrou-se coesa, tendo fechado aos 40 minutos e 15 segundos. No final obteve a 22ª posição entre as 60 equipas classificadas.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Coruche, 6 de Maio de 2007




















Domingo, 6 de Maio de 2007 – 3ª Corrida das Pontes – Coruche.
Superámos as expectativas, num dia bem diferente


O dia prometia desde bem cedo. Pouco passava das sete da manhã e o pessoal estava todo reunido a tomar um café, no Cantinho da Fé. O mais novo, o tal que “Não Pode”, mostrava sinais evidentes de passione. Não há nada como ser jovem e estar apaixonado.

A viagem foi tranquila, com paragem para respirar numa aldeia sem nome, já perto de Coruche. Por pouco não éramos os primeiros a chegar e a levantar os dorsais. Tempo de sobra para tudo, incluindo um aquecimento ao sol do Ribatejo. Um sol que trouxe calor, atenuado pelo vento que também se fazia sentir.

A vila foi enchendo, os atletas foram aquecendo à volta da relva e chegou a hora da partida. O nosso chefe de fila saiu disparado e ninguém mais o viu. Foi o primeiro a notar que uns quilómetros tinham quase 1.500 metros e outros pouco mais que 300 metros. O mais novo também saiu quase disparado, integrado num grande grupo, mas cedeu um pouco no último terço da corrida. Terá sido da euforia da paixão? Os mais velhos ficaram inicialmente mais para trás, mas recuperaram. No final o saldo da corrida foi muito positivo com um 13º lugar colectivo da geral, entre cerca de 60 equipas classificadas.

Leandro Ribeiro registou a 39ª posição na meta, com o tempo oficial de 36 minutos e 4 segundos e foi o 12º Sénior. João Correia foi 93º e 4º Júnior, gastando o tempo de 39 minutos e 20 segundos. Com menos 5 segundos, que o seu companheiro mais jovem, Francisco Santos foi 91º e 22º Veterano II. A meio do pelotão ficaram os outros dois elementos da equipa, com Romão Guincho a demorar 45 minutos e 23 segundos e Raúl Correia 46 minutos e 19 segundos. O vencedor da 3ª Corrida das Pontes foi Luís Almeida do Estrela FC com o tempo de 30 minutos e 41 segundos. No sector feminino venceu Aida Martins do Clac Tany que demorou 40 minutos e 57 segundos. Terminaram a prova 464 atletas.

Como prémios a já tradicional t-shirt e um colete reflector. Mas faltou a água para muitos atletas à chegada. O 4º lugar júnior de João Correia deu direito a uma medalha e a um voucher, para o almoço.

O repasto no restaurante Sal & Brasas, improvisado por debaixo da bancada da Praça de Touros, foi outra surpresa. Podemos recomendar a “Aba de toiro bravo com lombardo” com a qual dois elementos se deliciaram. Os outros degustaram, com muito prazer, a carne de toiro bravo grelhada acompanhada por arroz e migas. Isto com tinto, para alguns.

Depois foi o encontro, na relva junto ao Sorraia, com dois amigos: Carlos Alves, 6º da geral e 1º Veterano I e Joaquim Delgado, ambos atletas do Boavista de São Mateus. Mais uma confraternização em que se recordaram bons momentos vividos na Ilha do Pico, se reforçaram laços e se festejou o aniversário de Leandro Ribeiro, ocorrido um dia antes.
Num regresso feliz, em que fomos bem conduzidos por João “Pompom”, houve ainda tempo para cantar: canções de bar e, mais uma vez, os “Parabéns a Você”.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Correio Internacional


Ora bem, pessoal.
A qualidade é a que todos podem constatar mas se servir de consolo deixem-me dizer-vos que mesmo para conseguir este resultado foram precisos cerca de 50 árduos minutos.
Como ninguém vai perceber patavina, passo a descrever:

Então não é que me vem parar à caixa do correio um postal vindo de uma das mais míticas cidades europeias, mais própriamente Berlim. Muito bonito, exibe um magnífico monumento de seu nome: "Portas de Branderburgo".

Curioso o facto de uma equipa de atletismo de Peniche receber correspondência de tão longe ainda para mais de um remetente tão ilustre.

Diz assim:

Meus caros amigos,
Este postal vai endereçado ao companheiro Leandro mas é destinado a toda a equipa.
Gostaria que o "sacanassem" e que fosse postado no nosso blogue com as duas faces.
Depois do sucesso de Novembro de 2009, com várias vitórias em Nova Iorque, será em Berlim em Setembro de 2010. A começar junto às "Portas de Branderburgo"

Bons Treinos - Um abraço

Casimiro

Essa do "sacanassem" embora tenha piada não podia ser mais rigorosa com o que eu viria a fazer com o objecto. O Endereço também está muito bem: "Mr. Leandro Ribeiro" AH AH

Ficamos a aguardar postais de outras paragens. Apreciámos muito o gesto. Para mais tarde recordar.

Então, e em nome de toda a equipa, um grande abraço.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Domingo, 29 de Abril de 2007.









XVI Corrida do Metropolitano
Dois atletas perto do topo


Há corridas em que é mais fácil chegar à meta do que à partida. Dois dos nossos atletas estiveram em evidência e levaram menos tempo entre o tiro de partida e a chegada à meta, que perdidos nos caminhos sinuosos e perigosos de Alfornelos, Amadora, Brandoa, Buraca, Damaia e Falagueira.

Horácio Alexandre, do GA Freguesia Vidais, cortou a meta na 23ª posição, com o tempo de 50 minutos e 48 segundos, sendo o 16º da categoria sénior. Já o muito nosso Júlio Marques bateu mais um recorde com o tempo de 52 minutos e 23 segundos, para os 15 mil metros da prova. Foi o 39º a cortar a meta e o 27º sénior.

A nossa equipa ficou completa com Jorge Bandeira, na 199ª posição e o tempo de 1 hora e 56 segundos, Francisco Santos, na 267ª posição, com 1 hora 2 minutos e 45 segundos, que teve logo a seguir, e a morder-lhe os calcanhares, Vitor Manso que demorou mais um segundo. A equipa obteve a 29ª posição, com 772 pontos, entre as 89 que se classificaram. Um pouco mais tarde chegaram Romão Guincho e Raúl Correia.

O Metropolitano de Lisboa proporciona um transporte rápido e seguro a quem se desloca na capital. Pena é que não chegue a toda a cidade e a maior número de locais das suas zonas limítrofes. A sua corrida, que vai na XVI edição, é já uma das clássicas. Com bons prémios monetários e um saco recheado, todos os anos é muito competitiva e concorrida. O vencedor desta edição foi Luís Jesus, do GDR Conforlimpa, com o tempo de 43 minutos e 50 segundos. Nas senhoras a vencedora foi a russa Alina Ivanova, com o tempo de 50 minutos e 31 segundos.

A manhã foi de sol, mas agradável para a corrida. Nas avenidas cruzámo-nos com dois amigos que teinavam em sentido contrário e que nos trouxeram uma brisa ligeira. Antes e depois também houve alguma sombra.

Não é todos os dias que se corta uma meta numa Praça tão emblemática e bela como o Rossio de Lisboa. Mas todos os dias úteis muitos milhares de pessoas passam pelo Rossio e raramente reparam na sua beleza. Uma beleza que está à mostra mas que também se oculta ao mais distraído. Temos a fachada do Teatro Nacional D. Maria II e no meio a estátua de D. Pedro IV, que tem a seus pés quatro figuras femininas que representam a Justiça, a Sabedoria, a Força e a Temperança, qualidades atribuídas a D. Pedro. Mas temos muito mais a descobrir.



Confira os resultados em: