Peregrinação
Quando ponho diante dos olhos...
Meados de Maio, já depois do dia 13. Não estive presente, no início, mas sei que eram mais de três dezenas os peregrinos que iniciaram a 1ª Grande Estafeta Peniche-Fátima a correr. Junto ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, com o sinal de partida a ser dado pelo Monsenhor Bastos. Tinham pela frente um percurso de cerca de 92 quilómetros, repartido em 18 etapas. No início prevalecia, bem no centro do pelotão, um senhor muito moreno, de pele tisnada. Tipicamente de Peniche e mais moreno que qualquer pescador sexagenário que o acompanhasse e acompanhava.
Quando ponho diante dos olhos...
Meados de Maio, já depois do dia 13. Não estive presente, no início, mas sei que eram mais de três dezenas os peregrinos que iniciaram a 1ª Grande Estafeta Peniche-Fátima a correr. Junto ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, com o sinal de partida a ser dado pelo Monsenhor Bastos. Tinham pela frente um percurso de cerca de 92 quilómetros, repartido em 18 etapas. No início prevalecia, bem no centro do pelotão, um senhor muito moreno, de pele tisnada. Tipicamente de Peniche e mais moreno que qualquer pescador sexagenário que o acompanhasse e acompanhava.
A primeira passagem do testemunho ocorreu junto à Padroeira dos Pescadores. No segundo percurso o números de atletas caiu para cerca de uma dúzia, que puderam correr pelo célebre calçadão de todos nós.
Na terceira etapa, que começou no Baleal, os dez atletas correram sempre junto em estradas bem conhecidas de quem treina em Peniche para participar em corridas longas: Baleal – Ferrel – Casais de Mestre Mendo, com volta na Igreja.
O quarto percurso já teve uma amostra do que não se deve fazer: competir num evento deste tipo. Sete participantes bateram-se para serem os primeiros a entregar o testemunho. Com a respiração ofegante e o ritmo cardíaco bem elevado, bateram todos os recordes e ganharam muitos minutos ao tempo previsto para a transição.
Este evento foi organizado pela Secção de Atletismo do Centro Social do Pessoal da Câmara Municipal de Peniche e com apoio da Câmara Municipal de Peniche, Serviços Municipalizados de Peniche e Paróquia de Peniche. Teve a participação de mais de cem atletas, com a clara predominância do sexo masculino. Todos os atletas utilizaram o seu equipamento complementado por um colete reflector, oferecido pela organização.
Uns correram por fé. Outros correram por companheirismo, amizade e solidariedade que quase sempre se encontram neste tipo de iniciativa. Por isso é muito difícil de entender o que aconteceu nas últimas etapas.
A prova deveria terminar por cerca das 18 horas, com a chegada ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Pelo menos era isso que estava no programa. Mas como aconteceu no quarto percurso, as últimas quatro etapas (excluindo a 18ª e última que tinha a participação de todos), foram também corridas em jeito de competição. Embora, não o parecesse, para os envolvidos na mesma.
No percurso que começou “Frente à Oficina a seguir Cruzamento E.N. 1” dois dos elementos que transportavam o testemunho, cedo começaram a ficar para trás, mesmo sendo atletas de longo historial e com maratonas no palmarés. Na frente formou-se um quarteto que, com pezinhos de lã e uma notória facilidade, impunha o ritmo indiferente a quem lhes seguia na rectaguarda. Foram dez os elementos deste percurso que receberam os testemunhos dos cinco que efectuaram a etapa anterior, cerca de meia hora antes do horário previsto.
O 16º percurso começou no cruzamento do início da Serra D´Aire, por isso veio a revelar-se o mais difícil de todo o trajecto. Cerca de duas dezenas de atletas subiram a Serra, tendo mais uma vez o “quarteto maravilha” na cabeça do pelotão. E mais uma vez indiferentes a quem tinha dificuldades, completamente fora do espírito do evento.
No início da 17ª etapa, no Parque Lazer da Lapa-meio da Serra D'Aire, o pelotão já não o era e os atletas espalhavam-se Serra acima, e assim foram chegando, com maior ou menor dificuldade, a conta-gotas, ao Largo da Igreja de São Mamede.
Juntos (quase) todos os peregrinos no Largo e um pseudo-líder deu ordem de partida, para o último percurso. Estavam percorridos algumas centenas de metros e fortes buzinadelas e gritos. O Organizador António Venâncio parou o cortejo e obrigou todos os participantes a voltar de novo ao Largo da Igreja de São Mamede. A peregrinação estava muito adiantada para o horário previsto de chegada ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. E este organizador tinha ficado para trás a acompanhar um atleta mais lento que tinha decidido fazer, também ele, a subida da Serra d’Aire.
Um longo compasso de espera e, em corrida lenta, rumámos ao nosso destino final. São muitas dezenas os peregrinos que se espalham pela estrada fora, em grupos.
E em grupos, grupinhos, chegados mesmo antes do Santário onde esperámos pela nossa vez. Uma cerimónia inicial, um discurso falhado pela emoção e os preparativos para a solenidade religiosa.
As boas vindas e na Capela:
Ave Maria,cheia de graça,
O quarto percurso já teve uma amostra do que não se deve fazer: competir num evento deste tipo. Sete participantes bateram-se para serem os primeiros a entregar o testemunho. Com a respiração ofegante e o ritmo cardíaco bem elevado, bateram todos os recordes e ganharam muitos minutos ao tempo previsto para a transição.
Este evento foi organizado pela Secção de Atletismo do Centro Social do Pessoal da Câmara Municipal de Peniche e com apoio da Câmara Municipal de Peniche, Serviços Municipalizados de Peniche e Paróquia de Peniche. Teve a participação de mais de cem atletas, com a clara predominância do sexo masculino. Todos os atletas utilizaram o seu equipamento complementado por um colete reflector, oferecido pela organização.
Uns correram por fé. Outros correram por companheirismo, amizade e solidariedade que quase sempre se encontram neste tipo de iniciativa. Por isso é muito difícil de entender o que aconteceu nas últimas etapas.
A prova deveria terminar por cerca das 18 horas, com a chegada ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. Pelo menos era isso que estava no programa. Mas como aconteceu no quarto percurso, as últimas quatro etapas (excluindo a 18ª e última que tinha a participação de todos), foram também corridas em jeito de competição. Embora, não o parecesse, para os envolvidos na mesma.
No percurso que começou “Frente à Oficina a seguir Cruzamento E.N. 1” dois dos elementos que transportavam o testemunho, cedo começaram a ficar para trás, mesmo sendo atletas de longo historial e com maratonas no palmarés. Na frente formou-se um quarteto que, com pezinhos de lã e uma notória facilidade, impunha o ritmo indiferente a quem lhes seguia na rectaguarda. Foram dez os elementos deste percurso que receberam os testemunhos dos cinco que efectuaram a etapa anterior, cerca de meia hora antes do horário previsto.
O 16º percurso começou no cruzamento do início da Serra D´Aire, por isso veio a revelar-se o mais difícil de todo o trajecto. Cerca de duas dezenas de atletas subiram a Serra, tendo mais uma vez o “quarteto maravilha” na cabeça do pelotão. E mais uma vez indiferentes a quem tinha dificuldades, completamente fora do espírito do evento.
No início da 17ª etapa, no Parque Lazer da Lapa-meio da Serra D'Aire, o pelotão já não o era e os atletas espalhavam-se Serra acima, e assim foram chegando, com maior ou menor dificuldade, a conta-gotas, ao Largo da Igreja de São Mamede.
Juntos (quase) todos os peregrinos no Largo e um pseudo-líder deu ordem de partida, para o último percurso. Estavam percorridos algumas centenas de metros e fortes buzinadelas e gritos. O Organizador António Venâncio parou o cortejo e obrigou todos os participantes a voltar de novo ao Largo da Igreja de São Mamede. A peregrinação estava muito adiantada para o horário previsto de chegada ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. E este organizador tinha ficado para trás a acompanhar um atleta mais lento que tinha decidido fazer, também ele, a subida da Serra d’Aire.
Um longo compasso de espera e, em corrida lenta, rumámos ao nosso destino final. São muitas dezenas os peregrinos que se espalham pela estrada fora, em grupos.
E em grupos, grupinhos, chegados mesmo antes do Santário onde esperámos pela nossa vez. Uma cerimónia inicial, um discurso falhado pela emoção e os preparativos para a solenidade religiosa.
As boas vindas e na Capela:
Ave Maria,cheia de graça,
o Senhor é convosco,
bendita sois vós entre as mulheres
e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus
rogai por nós, pecadores,
agora, e na hora da nossa morte.Amen
Ave Maria,cheia de graça, o Senhor é convosco,bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus rogai por nós, pecadores,agora, e na hora da nossa morte.Amen
Ave Maria,cheia de graça, o Senhor é convosco,bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus rogai por nós, pecadores,agora, e na hora da nossa morte.Amen
E ainda:
A treze de Maio na cova da iria.
Ave Maria,cheia de graça, o Senhor é convosco,bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus rogai por nós, pecadores,agora, e na hora da nossa morte.Amen
Ave Maria,cheia de graça, o Senhor é convosco,bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus rogai por nós, pecadores,agora, e na hora da nossa morte.Amen
E ainda:
A treze de Maio na cova da iria.
Apareceu brilhando, a Virgem Maria.
Ave, ave, ave, Maria!
Ave, ave,ave, Maria!
Regresso...
Ave, ave, ave, Maria!
Ave, ave,ave, Maria!
Regresso...
... Pelo qual eu dou muitas graças à Rainha do céu, que quis que por esta via se cumprisse em mim a sua divina vontade, e não me queixo dos reis da terra, pois eu não mereço mais, por meus grandes pecados.
n.d.r. Até ao momento e por problemas do servidor, não nos foi possível colocar outras fotos que queremos que apareçam neste post. Logo que seja possível, vamos fazê-lo.